O caso teve repercussão ainda maior pelo fato de a liberação ter sido pedida pelo promotor de Justiça Sidrack do Nascimento, pastor da igreja. O detalhe é que o Ministério Público Estadual investiga o comandante da corporação, coronel Neitônio Freitas (que também é pastor), e chegou a denunciá-lo por improbidade administrativa em março.
Representante da OAB/AL (Ordem dos Advogados do Brasil) no Conselho Estadual de Segurança, o advogado Marcelo Brabo Magalhães disse que o caso precisa ser investigado se significar desvio de finalidade.
Ele solicitou que o órgão peça explicações formais ao comando geral do Corpo de Bombeiros. A partir da análise, o Conselho poderá instaurar um inquérito administrativo, civil ou criminal.
Ação Social
Para o Corpo de Bombeiros, a liberação do veículo ocorreu para atender “a um trabalho de ação social”, independentemente de se tratar da religião de seu comandante.
Segundo a assessoria de comunicação da corporação, a cessão de carros é constante, mas questionada pelo UOL Notícias sobre outras liberações de veículos em situações semelhantes, não soube dar exemplos.
Devido à polêmica no Estado, os bombeiros informaram que suspenderam qualquer pedido de terceiros para utilização dos carros militares.
Segundo o tenente-coronel Paulo Marques, chefe da assessoria de imprensa dos bombeiros, o empréstimo foi mal interpretado pela sociedade. “Não cedemos o carro porque era um grupo evangélico, o Corpo de Bombeiros é laico e presta serviços a toda a sociedade, bem como a todas as religiões, como por exemplo: transporte de bispos e imagens em procissões.”
Correio do Povo|Pátio Gospel Noticias
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