Quem Deus criou primeiro, o homem ou os animais? A Bíblia se contradiz
Por diversas vezes vejo pessoas afirmarem ideias sobre a Bíblia baseadas em seus preconceitos religiosos ou seculares. Todo preconceito é baseado em uma postura fanática onde o relativo é assumido como absoluto. Nesse sentido, qualquer ideia ou teoria deve-se enquadrar dentro da visão obtusa do fanático. É como uma pessoa que corta a paisagem para caber dentro de sua moldura. O quadro é assumido como se fosse a paisagem verdadeira e tudo o que está fora de seu quadro é desconsiderado.
Quando o assunto é a Bíblia, muitas pessoas abandonam os critérios literários e assumem uma postura pseudocientífica que revela seus profundos preconceitos sobre as religiões e seus livros sagrados.
A palavra Bíblia vem da língua grega “Biblos” e significa: livros. A Bíblia é uma biblioteca. Nela encontramos diversos gêneros literários: poesia, prosa, leis, oráculos proféticos ou apocalípticos, histórias, mitos, sagas, tragédias, comédias, etc.
Cada passagem bíblica foi escrita dentro de um gênero literário numa época especifica. Assim, cada texto deve ser analisado dentro de seu contexto.
O livro de Gênesis apresenta duas narrativas da criação (1,1 – 2,4a e 2,4b-25) e elas apresentam diferenças. Isto indica que elas foram escritas por pessoas diferentes em épocas diferentes. São duas visões. Dizer que elas são contraditórias é de uma obviedade sem tamanho. Agora, perguntar qual delas é a verdadeira representa para mim um tremendo contrassenso. E desclassificá-las dizendo que foram “inventadas” é a revelação de um preconceito que cega.
Todo texto é uma produção humana. Mesmo quando os cristãos afirmam que a Bíblia é a Palavra de Deus, eles afirmam que ela é Palavra inspirada por Deus. Inspiração indica que a Palavra continua sendo uma produção humana. Dizer que as narrativas da criação foram inventadas também é de uma obviedade enorme.
As ciências também apresentam teorias contraditórias. E elas são invenções humanas. Existe uma física quântica e uma física newtoniana. Elas se contradizem em diversos assuntos. Mas ninguém pergunta qual delas é a verdadeira e ninguém as desqualifica por ser uma invenção humana. É por ser uma invenção humana que as teorias têm seu valor.
Por diversas vezes vejo pessoas afirmarem ideias sobre a Bíblia baseadas em seus preconceitos religiosos ou seculares. Todo preconceito é baseado em uma postura fanática onde o relativo é assumido como absoluto. Nesse sentido, qualquer ideia ou teoria deve-se enquadrar dentro da visão obtusa do fanático. É como uma pessoa que corta a paisagem para caber dentro de sua moldura. O quadro é assumido como se fosse a paisagem verdadeira e tudo o que está fora de seu quadro é desconsiderado.
Quando o assunto é a Bíblia, muitas pessoas abandonam os critérios literários e assumem uma postura pseudocientífica que revela seus profundos preconceitos sobre as religiões e seus livros sagrados.
A palavra Bíblia vem da língua grega “Biblos” e significa: livros. A Bíblia é uma biblioteca. Nela encontramos diversos gêneros literários: poesia, prosa, leis, oráculos proféticos ou apocalípticos, histórias, mitos, sagas, tragédias, comédias, etc.
Cada passagem bíblica foi escrita dentro de um gênero literário numa época especifica. Assim, cada texto deve ser analisado dentro de seu contexto.
O livro de Gênesis apresenta duas narrativas da criação (1,1 – 2,4a e 2,4b-25) e elas apresentam diferenças. Isto indica que elas foram escritas por pessoas diferentes em épocas diferentes. São duas visões. Dizer que elas são contraditórias é de uma obviedade sem tamanho. Agora, perguntar qual delas é a verdadeira representa para mim um tremendo contrassenso. E desclassificá-las dizendo que foram “inventadas” é a revelação de um preconceito que cega.
Todo texto é uma produção humana. Mesmo quando os cristãos afirmam que a Bíblia é a Palavra de Deus, eles afirmam que ela é Palavra inspirada por Deus. Inspiração indica que a Palavra continua sendo uma produção humana. Dizer que as narrativas da criação foram inventadas também é de uma obviedade enorme.
As ciências também apresentam teorias contraditórias. E elas são invenções humanas. Existe uma física quântica e uma física newtoniana. Elas se contradizem em diversos assuntos. Mas ninguém pergunta qual delas é a verdadeira e ninguém as desqualifica por ser uma invenção humana. É por ser uma invenção humana que as teorias têm seu valor.
Desse modo, as narrativas da criação são mitos que traduzem o mistério da criação do universo e da humanidade. Elas não pretendem ser um tratado científico, pois seu gênero literário é poético e mitológico. Darwin “inventou” a teoria da evolução das espécies. Me recuso a perguntar se a teoria dele é verdadeira e me recuso a considerá-la falsa porque Darwin a inventou.
Austin Cline revela seu preconceito em sua análise superficial e medíocre sobre o Gênesis. O texto foi enquadrado numa visão obtusa. Recomento a leitura do livro: “Paraíso Terrestre: saudade ou esperança? (Vozes)”, do exegeta Frei Carlos Mesters. Nesse livro, o texto é tratado como ele merece.
paulopes
Nenhum comentário:
Postar um comentário