Entre outras coisas, eles querem benzer prédios públicos quando forem inaugurados. "Se chamar um padre, tem de chamar um pastor, um representante evangélico”, disse Robson Marcelo (foto), presidente da Associação Interdenominacional de Pastores do Piauí.
O que deflagrou a indignação dos evangélicos foi decisão da Assembleia Legislativa de convidar um representante de uma única religião, o padre Tony Batista, para a posse dos novos deputados.
No Piauí existe uma lei sancionada em 1999 que estabelece de forma facultativa que representantes de pelo menos “dois credos religiosos” devem ser convidados para as solenidades oficiais dos três poderes. A lei omite os ateus.
Remédios Carvalho, presidente da AEPI (Associação Evangélica Piauiense), disse que, nas cerimônias em janeiro de posse do Executivo e do Legislativo, os evangélicos foram lembrados para apenas uma delas, a do governador Wilson Martins (PSB).
O pastor Marcelo disse não ter nada contra a Igreja Católica, mas acrescentou que os evangélicos não aceitam mais serem ignorados.
Ele informou que vai solicitar uma audiência pública com os deputados estaduais e o Ministério Público para discutir o preconceito, ocasião em que também questionar a presença de imagens sacras e símbolos do catolicismo em órgãos públicos.
No começo do ano passado, em nome de 16 entidades evangélicas, ele deu entrada na Justiça a uma ação pública pedindo que as imagens de santos fossem retiradas dos órgãos públicos municipais, estaduais e federais. O seu argumento, nesse caso, é que o Estado é laico.
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