Marina disse que a religião não atrapalha nem ajuda a política |
O jornal quis saber de Marina se a religião ajuda ou atrapalha na política. No entender dela, nem uma coisa nem outra. “Aquilo que a gente é não pode ser visto como uma prótese que ajuda ou que atrapalha”, disse.
Marina, que atualmente se encontra sem partido, omitiu dos portugueses a “prótese” que foi a interferência dos líderes religiosos nas campanhas eleitorais, como nunca se vira.
Ela própria foi afetada diretamente pelo redemoinho religioso que agitou a política na época. O pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus, denominação também da então candidata, retirou publicamente seu apoio a Marina por ela não ter assumido uma posição clara contra o aborto.
Na entrevista, Marina explicou como funciona, segundo ela, o Estado laico brasileiro, que assegura os direitos “de quem crê e de quem não crê”. “Quando se elege um senador, um prefeito, um Presidente da República, não se está elegendo um pastor, nem um padre.”
Trata-se de mais uma meia-verdade que Marina passou aos portugueses porque não é bem assim, conforme tem mostrado a atuação da bancada religiosa na Câmara na questão, por exemplo, da isonomia de direitos aos homossexuais. Bancada controlada pela Assembleia de Deus.
Marina falou ao Público sobre vários assuntos, da pobreza de sua infância, de seu esforço para se alfabetizar, de lugares-comuns como a “fé remove montanha”, do PT (partido que se tornou conservador, segundo ela), da Amazônia, de seu futuro político.
Um futuro incerto, pelo que se pode avaliar neste momento. O que é um alívio, ao menos por ora, àqueles que desejam um Estado brasileiro laico de fato, e não apenas de direito.
Com informação do Público.
Creditos:paulopes
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