Nem da Rocinha diz que é temente a Deus e não teme castigos



Nem, que comandava a Rocinha com mãos de ferro não teme castigo divino e acredita que, no fim, vai se dar bem. "Não vou para o inferno. Leio a Bíblia, faço cultos na minha casa. Aprendi a rezar criancinha, com meu pai. Acho que Deus tem algum plano para mim. Ele vai abrir alguma porta", afirma.

Articulado, Nem surpreende ao elogiar a inteligência do secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, e o projeto das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). "A UPP é um projeto excelente. E o secretário Beltrame é um dos caras mais inteligentes que já vi. Se tivesse mais caras assim, tudo seria melhor. E não adianta UPP se for só ocupação policial. Tem que botar ginásios de esporte, escolas", opina.

Na entrevista, feita no início do mês, na RocinhaNem falou da vida de bandido: "É muito ruim a vida do crime. Eu e um monte queremos largar". E diz que não usa drogas. "Só bebo com os amigos", conta.






Rocinha em vista panorâmica
Com aproximadamente 70 mil moradores, a Rocinha é uma das maiores favelas do Brasil e uma das mais importantes para o tráfico de drogas. Ela chega a movimentar R$ 2 milhões por semana, de acordo com estimativas da Dcod (Delegacia de Combate às Drogas), um total estimado em R$ 8 milhões por mês, principalmente com a venda de cocaína.



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