Agora, cinco meses depois, sob pressão do MP (Ministério Público) e da repercussão de sua atitude, Santos teve de reconhecer que o Brasil é um Estado laico, o que significa que nenhuma instância de governo pode se envolver com qualquer atividade religiosa.
Na terça-feira (14), Santos admitiu pelo site da Câmara o que já deveria saber em outubro: que nenhum cidadão é obrigado a ficar em pé durante a leitura bíblica.
Santos, que está no sexto mandato, tem contado com os votos dos evangélicos. Seguidor da Igreja Batista, ele também mantém ligação com os metodistas. Foi funcionário da Universidade Metodista de Piracicaba.
Montero foi tirado à força da sessão da Câmara |
Na época, ele afirmou que estava agindo de acordo com o regimento interno da Câmara, o qual não faz nenhuma menção como o cidadão deve se comportar diante da leitura bíblica. A rigor, a leitura da Bíblia — uma prática que ocorre em outras casas legislativas — também é inconstitucional.
Diante do recuo de Santos, o Ministério Público decidiu arquivar o inquérito civil público que tinha aberto para investigar a expulsão.
Isso não impede, contudo, que Montero peça reabertura do caso, retomando as investigações no ponto em que pararam.
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