Forquilha que a Santa Inquisição punha no herege que falava demais |
O Fratres in Unum publicou no dia 18 de outubro uma carta de um estudante seminarista, também anônimo, criticando o professor por ter afirmado durante uma aula que “a Eucaristía é um baseado, que o padre vai passando de mão em mão… É uma droga lícita…”
“Tal fato foi denunciado à direção do curso, à reitoria e ao arcebispado, contudo, nenhuma atitude foi tomada”, diz o anônimo.
O blog se diz “jornalístico”, mas até agora não ouviu o “outro lado”, o professor, embora ressalte que Bocca é um “ateu declarado e militante do ateísmo freudiano”.
Para o seminarista, foi uma infâmia o professor ter mostrado aos alunos em um filme uma “mulher nua” com a expressão de gozo, o qual, segundo ele, foi comparado com o gozo da Pietá, “ao ter o filho morto em seus braços”.
Como na época da Santa Inquisição, o seminarista chegou a pedir a aplicação do direito canônico contra o professor por causa de suas “piadas difamatórias e comentários blasfemos”.
Uma das supostas piadas seria a de que Bento 16 é um papa tão ruim, “que nem Deus gosta dele”, porque foi “escolhido para ficar só alguns dias e está aí, há tantos anos”.
A carta afirma que o professor está causando “revolta por parte dos alunos, religiosos e leigos”, mas não cita sequer um único nome dos supostos descontentes.
O jornal “O Estado de S.Paulo” informou que representantes do papa teriam questionado a direção da universidade. Também publicou que professores mandaram à reitoria uma carta aberta onde criticam qualquer tipo de cerceamento à liberdade.
Em nota, a universidade reafirmou a independência do corpo docente e lembrou que a “universidade é um lugar de debate e de discussões da ciência, que preza o pluralismo ético, filosófico e religioso, características que fazem parte do que é ser acadêmico”.
Nenhuma dessas repercussões saiu no blog “jornalístico”.
CRÉDITO - PAULOPES
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