Valor passa de R$ 3,20 para R$ 3 e vale para ônibus e trens do Metrô e CPTM
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), anunciaram na tarde desta quarta-feira, no Palácio dos Bandeirantes, a redução dos preços das tarifas de ônibus, metrô e trens metropolitanos. As tarifas, que haviam sido reajustadas no último dia 2 de junho, de R$ 3 para R$ 3,20, voltam para os valores anteriores na próxima segunda-feira. O preço da integração também retorna para o valor de R$ 4,65 depois de ter sido reajustado para R$ 5,00.
Tanto Alckmin como Haddad afirmaram que o retorno da tarifa terá ônus para ambos os governos e que o dinheiro do subsídio terá de ser retirado dos respectivos orçamentos. O recuo se deu depois de seis grandes manifestações na cidade. Tanto a prefeitura quanto a sede do governo de São Paulo chegaram a ser depredados.
"Vamos ter de cortar investimentos. As empresas não têm como arcar com essa diferença. O tesouro do Estado vai apertar o cinto. Temos como prioridade o transporte coletivo", disse o governador.
Alckmin disse que a iniciativa visa trazer tranquilidade para que a cidade possa discutir o tema em um ambiente mais favorável. "É um compromisso com a cidade. Nós queremos tranquilidade para que os temas legitimamente levantados nas manifestações possam ser debatidos com tranquilidade", disse ele, para em seguida confirmar a revogação do aumento.
Vamos ter de cortar investimentos. As empresas não têm como arcar com essa diferença. O tesouro do Estado vai apertar o cinto.
Geraldo AlckminGovernador de São Paulo
"No caso do metrô e do trem, nós vamos revogar o reajuste dado, voltando à tarifa original de R$ 3. É um sacrifício grande. Nós vamos ter de cortar investimentos porque as empresas não suportam, não têm como arcar com essa diferença. O Tesouro paulista, orçamento do Estado... Nós vamos arcar com esses custos fazendo um ajuste no investimento, apertando o cinto".
De acordo com Haddad, este foi um gesto de abertura, do entendimento, de manutenção de um espírito de democracia, agora com mais responsabilidade. "Temos de explicar as consequências deste gesto para a cidade. Teremos de repensar o orçamento com essa nova realidade", disse ao anunciar a revogação do aumento.
Haddad e Alckmin não abriram espaço para perguntas durante o pronunciamento. A prefeitura não deu detalhes de como ficará a situação dos usuários de transporte que carregaram os cartões do Bilhete Único enquanto a tarifa de R$ 3,20 vigorou.
"Gesto de aproximação"
O prefeito disse que este é um "gesto de aproximação, de manutenção do espírito de democracia". E que a partir de agora terá de ser feito um debate com as subprefeituras para avaliar as consequências sobre o orçamento da cidade. Para Haddad, é preciso abrir o diálogo sobre as consequências dessa decisão. "Não há como fazê-la sem as dispensas dos investimentos. O investimento acaba sendo comprometido".
O prefeito disse que este é um "gesto de aproximação, de manutenção do espírito de democracia". E que a partir de agora terá de ser feito um debate com as subprefeituras para avaliar as consequências sobre o orçamento da cidade. Para Haddad, é preciso abrir o diálogo sobre as consequências dessa decisão. "Não há como fazê-la sem as dispensas dos investimentos. O investimento acaba sendo comprometido".
De acordo com o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Regional, Júlio Semeghini, não detalhou de onde sairá o dinheiro para arcar com a diferença, nem os valores, mas adiantou que a prioridade é retirar de obras de infra-estrutura que estão paradas ou em processo de licitação.
"Zero de chance de mexer em saúde e educação. Serão mexidas em outras coisas que não saúde em educação". Ele explicou que parte da verba virá dos chamados "restos a pagar do orçamento".
FONTE - TERRA
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