Intel deixa de ajudar escoteiros que discriminam gays e ateus

Um grupo inglês de escoteiros rejeitou a filiação de George Pratt, 11, porque ele, ateu, disse que, no juramento de lealdade, não podia declarar obediência a Deus. Trata-se de um juramento padrão, seguido por escoteiros de todo o mundo.

Nos Estados Unidos, a partir de agora, os grupos de escoteiros que discriminam ateus e gays deixarão de receber ajuda financeira do programa de voluntariado da Intel. 

A fabricante de chips informou aos grupos de escoteiros, entre outras entidades, que adotou uma nova política de não conceder ajuda a quem promove de discriminação. 

Chuck Mulloy, porta-voz da Intel, disse que as instituições, para receber subsídios, terão de assinar um documento declarando estar de acordo com as políticas de não discriminação da empresa. 

A decisão afeta principalmente os escoteiros de Oregon, onde a Intel tem uma fábrica. Somente em 2010, as doações foram de US$ 180.000 (R$ 360.000). 

Matt Devore, chefe de um grupo de escoteiros de Oregon, reconheceu que a suspensão da ajuda “vai doer”, porque “não recebemos muitos presentes dessa monta”. Ele disse que os mais prejudicados serão as crianças que não podem arcar com seus gastos no grupo.

Boy Scourts of America, entidade nacional dos escoteiros, emitiu nota lamentando o fim da parceria com a Intel, mas acrescentou que vai manter os seus critérios para admissão de novos escoteiros. Em outras palavras, vai continuar orientando os grupos a não aceitarem gays e ateus. 

A medida da Intel vale também para quem discrimina casais do mesmo sexo. A empresa segue, assim, exemplo de outras grandes corporações, como Google, Apple, Microsoft e Amazon. 

No Brasil, depois de uma campanha na internet de representantes do movimento gay, a Avon retirou de seu catálogo os livros da editora do Silas Malafaia, pastor que tem se destacado pela sua campanha contra os direitos de igualdade dos homossexuais. Pelo menos um dos livros contém trechos que podem ser considerados como homofóbicos. 

Em outros países, a Avon já evitava se envolver com entidades e personalidades preconceituosas.


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