A ‘Piauí’, revista brasileira que hoje tem grande conceito no mercado jornalístico, segundo Humberto Werneck, no livro “Vultos da República – Os melhores perfis da revista Piauí”, representa “o mais interessante dos gêneros jornalísticos”, tendo suas edições publicadas mensalmente nas bancas. A ‘edição de número 60/setembro2011′ mostra em sua capa a seguinte chamada:
O pastor inflamado – Silas Malafaia dá novo fôlego ao conservadorismo religiosoEscrito por Daniela Pinheiro o texto disserta em cima de pregações feita pelo pastor aos seus fiéis ‘Assembléia de Deus Vitória em Cristo’ e em cima dos programas televisivos. O perfil de Silas Malafaia descrito pela autora mostra o retrato de um homem arrogante, soberbo e intolerante. “Com uma leitura singular da Bíblia, o pastor Silas Malafaia ataca feministas, homossexuais e esquerdistas enquanto prega que é dando muito que se recebe ainda mais”, assim diz a gravata da reportagem.
Quando o assunto é dinheiro, a jornalista destaca duas citações do pastor:
- “Eu gasto milhões, milhões e milhões por mês com horário na televisão, congressos, cruzadas evangélicas, treinamento de pastores, abrindo novas igrejas. Como se paga isso? Não é um anjo do céu que desce com um cheque em branco para mim”.
– “Como a gente faz tudo isso? Só com a liberalidade e a fidelidade dos irmãos. Vamos zerar essa conta. Se você quiser fazer uma oferta especial, peça um envelope para você”, disse a todos. “Vamos orar para Deus dar as verbas para vocês. Frutifica a semente que eu e meus irmãos plantamos!”, gritou. Ouviam-se brados de “Aleluia”, “Glória a Deus” e “Louvado”. Alertou: “Ninguém pode ser constrangido a dar oferta. Ninguém é obrigado a dar. Ninguém quer que você tire o pão da boca das crianças nem que se endivide”. (…) A repórter continua: “Dos cantos do auditório, saíram rapazes e moças distribuindo pilhas de envelopes onde se lia a frase: ‘Minha semente para uma colheita abençoada’, impressa sobre uma foto de ramos de trigo. Dezesseis deles também carregavam máquinas Cielo para o pagamento da doação em cartão de débito ou crédito (…) “Quando percebeu que o movimento dos obreiros havia cessado, deu a ordem: ‘Levanta o seu envelope aí’. E, como uma onda feita por torcidas em estádios de futebol, os envelopes foram surgindo um a um e ficaram suspensos no ar. ‘Glória a Deus’, ele disse, antes de iniciar uma oração. Dias depois, calculou ter arrecadado dez mil reais naquela noite” (conclui a autora baseada em uma pregação do pastor durante um culto da ADVEC).
Daniela descreve minuciosamente cada detalhe capitado por ela nos cultos pregados por Silas Malafaia e aponta em seu texto detalhes que julgam e mostram a ele como um homem machista ao exortar seus fiéis acerca da moderação da sensualidade feminina e também aponta como uma das preferências dele incitar o preconceito contra homossexuais, num trecho relata: “Elizete Malafaia, psicóloga e esposa do pastor, diz que ‘atendeu inúmeros gays e sustentou que a maioria teria sido abusada na infância dizendo que, a homossexualidade é uma desorganização emocional e espiritual. Se a pessoa não perdoou o abuso, ela canaliza aquela raiva para a vingança e, inconscientemente, se torna um abusador também’.” Buscando provar a homofobia e fundamentalismo do pastor.
“O seu discurso (de Malafaia, novamente) é socialmente conservador, e suas trovoadas retóricas recaem sobre grupos organizados que militam pela afirmação das minorias e pelos direitos individuais. Considera-os liberais, termo que nas suas pregações ganha conotação pejorativa, deslizando no mesmo campo semântico de libertinagem: umbandistas, a esquerda da Igreja Católica, pastores de outras denominações religiosas, feministas, defensores do aborto e da eutanásia. Nos últimos tempos, o seu alvo predileto tem sido os gays”. Conclui em uma de suas observações a jornalista da revista Piauí.
Você pode conferir essa matéria integralmente adquirindo a 60º edição da revista nas bancas.
Fonte: Gospel+
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