A morte da menina teve grande repercussão na imprensa. O pedreiro foi chamado de monstro por Andréia Pereira, a mãe de Gabrielli. No Tribunal, Rosário disse que tinha sido forçado pela polícia a assumir a autoria da violência. Após anos preso, o processo foi anulado no Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Na época da investigação, a Gazeta de Joinville trouxe um dos mais renomados legistas do País, que constatou que a criança não tinha sido violentada.
Enquanto o processo contra Oscar era anulado, a família em Joinville pedia indenização para a igreja, que foi aceita pela Justiça. “A natureza grave do dano moral, portanto, é fator a elevar o valor da indenização; e para agravar a situação, a vítima estava apenas iniciando sua vida, cuja felicidade inicial certamente acompanharia seus pais por um longo período, conforme se espera dos acontecimentos naturais”, destacou em sentença o juiz.
“Por fim, para deixar claro, o valor da indenização não é, por óbvio, o valor de uma vida humana. Serve apenas de um lenitivo aos autores em razão do trágico acontecido, dentro dos critérios estabelecidos”, esclarece a sentença.
A Igreja Adventista poderá recorrer da condenação.
A primeira versão
Levada ao templo pela mãe, Gabrielli estava na sala de recreação sob os cuidados de voluntárias. A menina saiu dali e foi encontrada desfalecida na pia batismal. Ela morreu em consequência de afogamento.
Bêbado, Rosário teria visto a menina brincando em um pátio do templo e entrou ali com a intenção de violentá-la.
Rosário teria estrangulado Gabrielli, masturbando-se diante do corpo dela.
Ele então teria colocado a menina na pia batismal para simular um afogamento.
Embora não tenha sido encontrado esperma em lugar algum, a versão da polícia foi reforçada pelo testemunho do pastor Izaque dos Santos segundo o qual era impossível a menina ter subido sozinha na pia batismal de 1,60m de altura. O tanque estava com 20 centímetros de água, uma quantidade para verificar se havia vazamento.
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