"O amor é mais forte" |
Na capa anterior, que teria sido o motivo do ataque à bomba molotov em uma madrugada, Maomé promete “cem chicotadas” ao leitor que “não morrer de rir”.
A revista sai às quartas-feiras e desta vez chegou às bancas com um só dia de atraso, apesar do atentado. Ela obteve ajuda do jornal Libération, que lhe garantiu a impressão, e do Le Monde, que possibilitou a edição eletrônica.
Charlie Hebdo tem mantido o seu site no ar, onde reproduz parte de suas edições, mas a sua página no Facebook corre o risco de ser deletada. O argumento da rede social é que a revista não poderia ter uma página ali por se tratar de pessoa jurídica. A ong Jornalistas em Fronteiras emitiu nota com um protesto.
De orientação esquerda anarquista, a revista tem feito humor com o fanatismo muçulmano e cristão. A primeira vez que despertou a ira dos fundamentalistas do Islã foi em 2006, quando colocou na boca de Maomé este lamento: “É duro ser amado por tontos”.
Na edição desta semana, com o uso de duas páginas, publicou o desenho de duas nádegas e perguntou: “Desenhar o traseiro de Maomé pode?”
Seu editorial diz: “Compreendemos que um muçulmano não queira ver desenhos de seu profeta, nem comer porco, muito menos rir dos desenhos de Charlie. Mas há pessoas que não são muçulmanas, e elas têm o direito de desenhar Maomé, de comer porco e rir de qualquer coisa. Também não somos cristãos, judeus ou budistas”.
Com informação das agências.
Creditos:paulopes
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