Evangélico estuprador se justifica com a palavra de Deus: ‘A carne é fraca'

As imagens do vídeo feito pelo estuprador pedófilo Abner Machado Pereira Neto (foto), 34, publicitário e ex-pastor evangélico, são tão chocantes, que a delegada Joana D’Arc, ao vê-las, se sentiu mal. A vítima, nesse caso, era uma menina de 11 anos. A delegada, depois, disse à imprensa que Pereira tem de “morrer na cadeia”.

Ele foi preso na quinta-feira (28), em Lagoa Seca, região de Campina Grande, cidade paraibana de 380 mil habitantes que fica a 112 km de João Pessoa, a capital.

Pereira vinha sendo investigado pela polícia havia meses e foi pego sob a suspeita de ter abusado de três crianças e matado uma adolescente. Após sua prisão, familiares de mais de dez supostas vítimas se apresentaram à polícia. Ele já confessou vários estupros, de acordo com a polícia.

O ex-pastor usou um vocabulário bíblico para se justificar. Disse que sucumbia a uma voz que lhe induzia a atacar as meninas. “A palavra de Deus fala que a gente é traída pela fraqueza do nosso próprio corpo, pelo próprio desejo”, afirmou. Ele colocou a culpa de seus atos no crack.

Em João Pessoa, ele abordou cada uma de suas vítimas se apresentando como policial e a levava em sua moto para uma casa. Lá, ele a dopava com um coquetel de bebidas alcoólicas, antidepressivos e refrigerantes. Então começava a sessão de abusos, que podia durar até 12 horas, como no caso da menina do vídeo que deixou a delegada sem ar.

Na casa dele, a polícia encontrou em CDs e DVDs fotos de pornografia infantil. Em seu notebook, também havia vídeos de crianças violentadas.

Em 2008, como pastor, Silva coordenou em Areia Branca um programa de reabilitação para viciados. No Youtube, em vídeos daquela época, ele aparece dando palestra a jovens.

A mulher de Pereira disse não saber dos abusos. Ela já estava se separando dele por causa do crack. O casal tem três filhas – uma de 2 anos e gêmeas de 1. Quando houve a prisão, ela perguntou a Pereira se as próximas vítimas seriam as filhas deles.

Pereira vai responder à Justiça por estupro de vulneráveis e a sua condenação poderá chegar 15 anos de prisão em regime fechado.



"Eu ouvia uma voz"

Polícia de João Pessoa prende estuprador em série por Paulopes
Com informação da imprensa de Paraíba.

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