Livro mostra as semelhanças entre Jesus Cristo e Harry Potter
Ele é do bem e foi morto por seus inimigos em um ritual de sacrifício, mas ressuscitou para salvar o mundo porque, afinal, a luz sempre vence as trevas, conforme se acredita. Ele é Jesus Cristo, que possui milhões de seguidores, mas também pode ser Harry Potter, que tem tantos devotos quanto o cristianismo.
O livro "Jesus Potter, Harry Christ” se propõe a mostrar semelhanças como essas entre o Jesus literário e o personagem da saga da escritora britânica J.K. Rowling.
O ateu Derek Murphy, autor do livro, destacou que a maior semelhança, a mãe de todas as demais, é que Cristo e Potter são construções literárias, ficção.
Em recente entrevista, Murphy apontou uma ironia: quando o primeiro livro de Potter se tornou best-seller, a Igreja Católica acusou Rowling de estar incutindo nos jovens a feitiçaria e o satanismo, mas o próprio cristianismo bebeu nessas fontes.
Críticos literários escreveram em tom de brincadeira que os cristãos deveriam ir à Justiça contra Rowling por plágio: a morte e a ressurreição de Potter lembram as de Jesus.
Mas Murphy, no livro, escreveu que o cristianismo já tem muito de plagio em sua formação porque se inspirou em mitos pagãos como Isis, Sarapis, Hórus e Apolo. “Jesus é um amálgama dos melhores mitos”, disse.
O livro acaba sendo na verdade – avisaram os editores -- não uma comparação entre dois personagens, mas um relato da história da cristandade, apontando, por exemplo, os empréstimos que a crença fez da mitologia e do simbolismo esotérico.
Murphy é um ex-seminarista de Portland, Oregon (EUA). Estudou teologia, filosofia e línguas clássicas. Seus editores informaram que a paixão dele pela história religiosa o levou a mais de 30 países, onde participou de rituais e teve contatos com padre, monges, xamãs e curandeiros.
Como era de se esperar, cristãos acusam o livro de ser uma blasfêmia, mas nele, a rigor, não há nada que já não tenha sido publicado em uma farta literatura e ensaios sobre o tema.
O que talvez esteja incomodando os religiosos, além do oportunismo do lançamento do livro junto com o fim da saga, seja o tom provocador de Murphy. Ele vem dizendo, por exemplo, não entender como um personagem de ficção como Jesus Cristo possa ser levado a sério, como se fosse histórico.
Com informação das agências.e paulopes
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